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Trabalho doméstico em cuidados

A economia do cuidado e a precarização na pandemia

Do trabalho invisível ao mal remunerado, como o cuidado sustenta a economia

A jornalista Luiza Pollo aborda, em matéria recente, a importância econômica e social do trabalho em cuidados, com destaque para este contexto da pandemia da Covid-95. Recorre a contribuições sociológicas sobre o trabalho nas atividades de cuidado (care), com destaque às pesquisadoras Nadya Guimarães e Helena Hirata. Luiza Pollo:

02/01/2021 04h00

A palavra "cuidado" geralmente traz consigo uma carga de afeto. Cuidar de alguém remete a um ato especial, de carinho, de valor. No entanto, para quem realiza, cuidado é também tarefa. São 381 milhões de trabalhadores nessa área, segundo relatório de 2018 da OIT (Organização Internacional do Trabalho). Isso corresponde a mais de uma em cada dez pessoas empregadas no mundo. As mulheres são maioria: quase 249 milhões, contra 132 milhões de homens.

Sem falar do trabalho de cuidado não remunerado — aquele feito em casa para manter as condições normais de vida. Em algum momento, a roupa que você usou hoje precisou ser lavada. O almoço que você comeu foi preparado por alguém, a casa ou o escritório foram limpos, e tem alguém cuidando das crianças e dos familiares idosos que necessitam de auxílio no dia a dia.

Toda essa trama que dá suporte à realização de qualquer outra tarefa rotineira faz parte da chamada economia do cuidado. Normalmente mal remunerada — ou com nenhuma remuneração — e pouco regulamentada, essa atividade costuma passar despercebida, principalmente por quem não a realiza. Acontece que todos precisamos desses serviços, e vamos precisar cada vez mais deles. A expectativa de vida está crescendo, assim como a demanda pelas trabalhadoras do cuidado — e aqui usamos o feminino porque elas são maioria. Qual o estado atual dessas atividades no Brasil e como melhorar as perspectivas? Primeiro, vamos entender quem realiza essa função. 

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Fonte: Coordenação

Categorias: Economia do cuidado