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Brasil: 35 mil novas vagas em março

Ministério do Trabalho divulga números do CAGED de março e aponta continuidade do crescimento dos postos de trabalho formais no Brasil

Em março de 2009, o emprego formal cresceu 0,11% em relação ao estoque do mês anterior, representando a geração de 34.818 novos postos de trabalho. Esse comportamento dá continuidade à trajetória de crescimento iniciada em fevereiro, quando foram criadas 9.179 vagas, revertendo o quadro negativo dos três meses anteriores. Este foi o melhor resultado mensal de 2009 e o segundo mês consecutivo de crescimento. Foi o que divulgou esta quarta-feira (15) o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, em coletiva em Brasília.

O número de admissões em março foi de 1.419.511, o segundo maior da série do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) para março, muito próximo do recorde ocorrido em março de 2008 (1.433.140). Nos últimos 12 meses, o emprego formal elevou-se em 2,7%, resultante do acréscimo de 840.013 postos de trabalho.

Entre janeiro de 2003 a março de 2009 foram gerados  7.663.221 postos de trabalho. O estoque de trabalhadores celetistas no país é de 31.935.551.

Setores 

A expansão do emprego foi quase generalizada em março. Dentre os oito grandes setores de atividade econômica, apenas a Indústria de Transformação e o Comércio registraram desempenho negativo no mês. Serviços, Construção Civil, Agricultura e Administração Pública foram os destaques positivos no mês.

Serviços gerou 49.280 postos (0,39% no estoque de emprego), obtendo o quarto melhor saldo da série histórica do Caged para o período. Esse desempenho decorreu do aumento de cinco dentre os seis ramos que integram o setor, com destaque para Ensino (+19.143 postos ou +1,58%, o segundo melhor saldo da série), Serviços de Comércio e Administração de Imóveis (+16.956 postos ou +0,50%, a terceira maior geração de empregos para o período) e Serviços Médicos e Odontológicos (+5.566 postos ou +0,42%, o segundo melhor resultado da série histórica do Caged). O segmento das Instituições Financeiras foi o único que não expandiu o contingente de assalariados com carteira de trabalho, ao registrar uma tênue queda (-239 postos ou -0,04%).

A Construção Civil, com o incremento de 16.123 postos (+0,83%), apresentou uma reação em relação ao mês de fevereiro (+2.842 postos ou +0,15%), registrando o terceiro melhor resultado para o mês de março na série do Caged. O setor da Administração Pública obteve saldo recorde para o período, ao responder pelo aumento de 7.141 empregos (+0,90%), e o setor da Agricultura assinalou uma melhora em relação ao resultado de fevereiro último (+957 postos ou +0,06%), ao registrar uma elevação de 0,47%  ou criação de 7.238 empregos no mês de março, o quarto melhor resultado para o mês da série histórica.

A Indústria de Transformação manteve sua trajetória declinante (-35.775 postos ou -0,49%), reduzindo, no entanto, o ritmo de queda em relação a fevereiro (-56.456 postos  ou -0,77%), uma reação de quase todos os segmentos que integram o setor. As exceções ficaram por conta da Indústria de Produtos Minerais não Metálicos  (-2.695  em  março,  ante -1.129 em fevereiro)  e da Indústria de Papel Papelão (-2.647 postos em março , ante -2.009 postos em fevereiro). 

No mês de março, verificou-se também  que a redução  decorreu ainda do declínio de 10 dos 12 ramos do setor, cabendo destacar as Indústrias Metalúrgica (-11.879 postos ou -1,64%), Mecânica (-7.913 postos ou -1,54%) e de Materiais de Transporte (-5.008 postos ou -1,03%).

Os destaques positivos ficaram com a Indústria de Calçados (+4.418 postos  ou +1,40%) e a Indústria da Borracha e Fumo (+2.577 postos ou + 0,81%), que mantiveram a reação iniciada em janeiro.

O setor Comércio, por sua vez, com a queda de 9.697 postos (-0,14%) apresentou uma tênue diminuição no ritmo em relação ao mês anterior (-10.275  postos ou -0,15%).

Regiões

No recorte geográfico, os dados mostram expansão do emprego em três regiões: Sudeste (+50.277 postos ou +0,28%), Sul (+15.283 postos ou +0,26%) e Centro-Oeste (+15.067 postos ou +0,65%); e redução em duas: Nordeste (-40.208 postos ou -0,85%, por motivos sazonais relacionados ao complexo sucroalcooleiro) e Norte (-5.601 postos ou -0,43%).

Estados

Em termos de Unidades da Federação, pela primeira vez no ano os dois maiores estados do país (São Paulo, +34.231 postos ou +0,33%, e Minas Gerais (+9.399 postos ou +0,28%) apresentaram desempenho positivo, após quatro e cinco meses de queda consecutiva, respectivamente.

"Em março tivemos 15 estados com saldos positivos de emprego, com destaque para o Sudeste, que é o centro econômico do país. Pela primeira vez São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro tiveram resultados positivos ao mesmo tempo. Isto é uma prova inequívoca da recuperação econômica", ressaltou o ministro.

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego