
Terceirização pode multiplicar problemas trabalhistas
A serviço de grandes marcas, empresas menores foram flagradas ao explorar mão de obra escrava, dar calotes nos funcionários e exigir jornadas exaustivas.
Usada pelas grandes empresas para reduzir a folha de pagamento, a terceirização tem impacto negativo para os trabalhadores. Ao ficar sob a responsabilidade de empresas menores, os funcionários são mais expostos a violações como exploração de trabalho análogo ao escravo, calotes de salários, riscos à sua saúde e jornadas excessivas.
Casos assim devem se multiplicar caso o Congresso Nacional aprove o Projeto de Lei 4.330, que pretende abrir as portas para qualquer tipo de terceirização. Atualmente, só é permitido subcontratar empresas para a execução de atividades secundárias, como a limpeza ou manutenção de máquinas. Se a lei for aprovada, as empresas poderão terceirizar toda e qualquer atividade.
Selecionamos reportagens publicadas pela Repórter Brasil sobre o assunto que mostram as consequências da terceirização para o trabalhador.
Volkswagen mantinha trabalhadores até 30 dias sem descanso
Funcionários trabalharam sem descanso semanal, além do excesso de horas extras. A montadora foi condenada por terceirização ilícita de atividade-fim por contratar empresa que abastecia as linhas de produção.
Maior produtora de açúcar e etanol do mundo é condenada por terceirização ilegal
Motoristas dirigiam 12 horas por dia, 7 dias por semana, sem o direito ao descanso semanal remunerado.
Telemarketing cronometra até o tempo para o banheiro
Operadora terceirizada do Bradesco, Citibank, Itaú, Santander, Net, Oi e Vivo controlavam seus funcionários ao ponto de proibir a ida ao banheiro. Alguns desenvolveram síndrome do pânico e infecção urinária.
Veja aqui reportagem completa: http://reporterbrasil.org.br/2015/04/como-a-terceirizacao-pode-multiplicar-problemas-trabalhistas/
Fonte: Piero Locatelli, Repórter Brasil