
Profissionais da mídia em São Paulo: um estudo sobre profissionalismo, diferença e gênero no jornalismo
Tese de doutorado defendida por Aline Leite dia 20 de maio de 2015 na UFSCar
A defesa teve a participação do Prof. Dr. Jordão Horta Nunes (PPGS/UFG e NEST), além da Profa. Dra. Maria da Glória Bonelli (Presidente – PPGS/UFSCar), do Prof. Dr. Jacob Carlos Lima (PPGS/UFSCar), da Dra. Isabel Pauline Hildegard Georges (PPGS/UFSCar), e da Profa. Dra. Paula Melani Rocha (UEPG).
Resumo: O objetivo deste estudo é analisar de que forma se articulam profissionalismo, diferença, gênero e geração na carreira de jornalismo, a partir do exame dos discursos de jornalistas da cidade de São Paulo. Empregamos o conceito de profissionalismo e o referencial teórico da sociologia das profissões, embasados nas contribuições de Eliot Freidson e Julia Evetts, para entendermos os valores do jornalismo, as representações em torno do que seria a função do jornalista, o significado das mudanças na profissão, com a emergência de um novo perfil de jornalista, as relações da profissão com o aprendizado nas universidades e nas redações, as mudanças históricas quanto à orientação dos jornais e dos profissionais, e suas especificidades no que se refere ao processo de profissionalização do jornalismo no Brasil. Nosso propósito é compreender como as profissionais do jornalismo são representadas em distintos discursos da diferença. Para isso, nossa abordagem apoiou-se nos pressupostos teóricos de Avtar Brah, com destaque para o conceito de diferença como categoria analítica e seus vários significados. Também fundamentamos nossa análise em outros representantes dos estudos culturais, que tratam do descentramento do sujeito e de sua identidade, assim como da diversidade interna que caracteriza o gênero. Foram entrevistados 15 profissionais do jornalismo, mulheres e homens, que residem e exercem suas atividades profissionais no município de São Paulo, de diferentes gerações, que atuam em diversos tipos de mídia e com distintos tipos de contratação em suas relações de trabalho. A seleção das entrevistadas procurou contemplar profissionais solteiras, casadas, com e sem filhos, com diferentes jornadas de trabalho, que representam o tempo dedicado à vida pessoal e profissional, correspondendo ao impacto da vida pessoal na construção da carreira e às possibilidades de equilibrar estas duas dimensões da vida social.
Fonte: NEST