35 Seminário NEST: 1 de julho de 2016

Quando: às 14h do dia 1/7/2016 (sexta-feira)

Onde: Miniauditório do Prédio Humanidades da UFG

Andréa Vettorassi possui bacharelado e mestrado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Doutorado em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). É professora adjunta, dedicação exclusiva, da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás (UFG), coordenadora do Observatório Goiano de Direitos Humanos (OGDH) e colaboradora do Núcleo de Estudos Sobre Trabalho (NEST) da UFG. É parecerista e membro do Grupo de Estudos sobre Brasileiros no Reino Unido, da University of London. Foi bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia das Migrações e Sociologia do Trabalho, atuando principalmente nos seguintes temas: migrações, memória, cultura, multiculturalismo, sociabilidade, identidade e relações de trabalho.

Resumo do Documentário: O estudo que estruturou o documentário que será apresentado tinha como principal objetivo analisar os processos identitários e redes sociais de trabalhadores migrantes em cidades do interior paulista. Para que isso fosse possível, duas cidades de economia sucroalcooleira que recebem anualmente expressivo número de trabalhadores rurais nordestinos (migrantes sazonais ou permanentes) para o trabalho no corte da cana foram analisadas, a saber, Guariba-SP e Serrana-SP. Embora sustentadas pela mesma economia sucroalcooleira e com número semelhante de habitantes, suas figurações sociais são bem diversas, essencialmente em seus aspectos históricos e quando a relação entre os migrantes e a comunidade circundante (denominados no estudo como “nativos”) é analisada. A pesquisa nas duas cidades contou com metodologias diversas, como as entrevistas realizadas com migrantes e “nativos” (inclusive, em São Raimundo Nonato-PI, cidade de origem de muitos trabalhadores rurais no interior paulista), bem como o acompanhamento dos migrantes em uma de suas viagens de volta ao Piauí em um ônibus clandestino. Nessa viagem, foi possível a produção de imagens de vídeo que revelam o cotidiano deste longo trajeto de volta, assim como suas próprias reflexões sobre o mundo rural em que vivem, o trabalho no corte da cana, suas redes sociais e identidades. Ao apresentar o documentário em um encontro do Núcleo de Estudos Sobre o Trabalho, é objeto trazer à tona discussões sobre os processos de resistência e sobrevivência que estão presentes na vida dos trabalhadores rurais e refletir sobre novos instrumentos metodológicos que permitam uma ampla compreensão sobre a gama de aspectos que envolve o mundo do trabalho.